quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A Aldeia Mágica

A descrição dos percursos pedestres do concelho de Arouca continua e, hoje, é tempo de conhecer o trajecto da pequena rota (PR) 14 que leva os caminheiros até à Aldeia Mágica, no lugar de Drave. Quatro quilómetros de ida e outros quatro de volta com início e fim na aldeia de Regoufe, onde podem deixar o veículo e, pegada a pegada, usufruir da paisagem envolvente.

PR 14 - A Aldeia Mágica


Drave, também conhecido por Aldeia Mágica, é um lugar escondido pelos vales e montanhas de Arouca e de S. Pedro do Sul. Visitada por diferentes pessoas e grupos, nomeadamente escuteiros, a aldeia ganha vida a cada chegada e passagem já que as casas de xisto estão vazias. A população residente é inexistente e a paisagem é rica, o que dá a Drave um ambiente misterioso e encantador.  

Placa informativa das PR's 13 e 14


A PR 14 - A Aldeia Mágica - é uma pequena rota linear de 4 km de distância que pode ter início e conclusão num dos extremos do percurso. Em Regoufe ou em Drave. A primeira aldeia é a recomendação que deixo, no Pé ante pé, para partir à descoberta da Aldeia Mágica pois o acesso e estacionamento são mais acessíveis. E, tal como a PR 13, a placa informativa da PR 14 está posicionada no largo da capela local, indicando aos caminheiros para onde seguir.

De Regoufe para Drave


Atingido o largo da capela local, os caminheiros seguem o trilho de Drave que fica na margem esquerda da ribeira de Regoufe. Atravessa-se a povoação e uma pequena ponte sobre a ribeira. A partir daí é subir e subir até ao cimo do monte, calcando pedras e pedregulhos soltos e que dificultam à travessia. Mas, digo, vale a pena o esforço para admirar a paisagem magnífica encontrada no topo. 

A iniciar uma subida íngreme repleta de pedregulhos


Um espantalho posicionado a meio da subida


Paisagem avistada do topo do trilho


Já no topo do monte, os caminheiros constatam o quão maravilhosa é a vista panorâmica. Seja para a esquerda seja para a direita, os vales encaixados uns nos outros enchem os olhos de quem os admira. Mas o trajecto e as paisagens belas não acabam por aqui. Há que seguir em frente, pela esquerda, e contemplar o que aparece a cada pegada pois, daqui a nada, já é possível ver a aldeia misteriosa numa dimensão reduzida.

Placa indicativa da PR 14


Montes e vales de Arouca


A ribeira de Palhais desagua no rio Paivô


Estado de uma pinha depois de devorada por esquilos


Pormenor de um tronco envelhecido


Aldeia de Drave começa a ser avistada


Boca de uma mina inactiva


À chegada a Drave, atravessa-se uma ponte de xisto sobre a ribeira de Palhais e, depois, parte-se à descoberta do interior da Aldeia Mágica. As casas de xisto estão vazias, mas no interior de algumas delas encontra-se vida e desvendam-se mistérios. No meio das habitações, destacam-se dois edifícios: o Solar dos Martins, uma casa grande e imponente, e a capela branca, construída em homenagem à Nossa Senhora da Saúde.

Ponte de xisto sobre a ribeira de Palhais


Capela dedicada à Nª Srª da Saúde


Casas de xisto com coberturas em lousa


Objectos deixados por pessoas e grupos 


Agulhas secas


Uma vez em Drave, recomenda-se uma visita alongada pela aldeia e, em dias de calor, porque não os visitantes refrescarem-se nas águas da ribeira de Palhais? Fica a dica. E mais! Esta ribeira, que atravessa a Aldeia Mágica, desagua no rio Paivô. Sim, o rio que nasce na Serra Arada, do lado de S. Pedro do Sul, passa por terras de Arouca e desagua no rio Paiva. Posto isto, chega a hora do adeus e há que retomar o caminho no sentido inverso: Drave - Regoufe. 



Vista panorâmica sobre o Vale do Paivô


Vista panorâmica sobre a aldeia de Regoufe


Já em Regoufe, os caminheiros podem aproveitar para visitar as ruínas da central de exploração de volfrâmio e, se gerirem bem o tempo, podem no mesmo dia percorrer a PR 13 - Na Senda do Paivô. Assim, conhecem três aldeias e dois percursos pedestres de Arouca numa só cartada.

Aventurem-se e boas caminhadas!

Um até já,

TS

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