Um trilho de pequena rota por caminhos montanhosos onde os desníveis acentuados são constantes e as paisagens agradáveis à vista. Hoje, dou a conhecer a PR 7 - Nas Escarpas da Mizarela - com oito km de altos e baixos, que podem ser percorridos em cerca de 3.30 horas.
Frecha da Mizarela avistada do miradouro |
Ao começar, deixo algumas confidências a respeito das minhas visitas às escarpas Mizarela. Entre a estrada asfaltada, que liga o miradouro da Frecha à aldeia da Ribeira, e os pedregulhos das escarpas, é assim que tomo contacto com a PR 7. À época, 2011, o conhecimento de percursos pedestres era inexistente.
A PR 7 é uma prova de obstáculos constantes |
Passado um ano, volto às escarpas. Mas, agora, para percorrer a rota na íntegra. Desde Janeiro de 2012, aquando da realização do Percurso do Carteiro, as pesquisas começaram e intensificaram e, até hoje, só parei nos períodos de chuva intensa. Todos os anos, visito a PR 7 pois nunca é demais fazê-lo. Acreditem!
A PR 7 inicia-se junto ao parque de campismo |
Do Merujal à Mizarela são 1.2 km de distância |
A PR 7 de Arouca tem início e fim junto ao parque de campismo do Merujal, na Serra da Freita. Daqui, seguimos para a Mizarela, que está a 1200 metros de distância. Atingida a etapa linear do percurso, passamos pelo miradouro da Mizarela e descemos pela estrada de acesso à aldeia da Ribeira. Uns 300 metros abaixo e viramos à esquerda, entrando mata adentro.
Caminho Certo |
Vacas de raça arouquesa |
Miradouro da Frecha da Mizarela Maio de 2012 |
Miradouro da Frecha da Mizarela requalificado Julho de 2014 |
A 300 metros do miradouro da Mizarela |
A PR 7 é um trilho de elevado grau de dificuldade e, a partir do momento que percorremos as escarpas da rota, começamos a verificar e a confirmar isso. Contudo, este percurso é requisitado já que, para os caminheiros e turistas, as paisagens deslumbrantes afugentam a dureza dos caminhos das encostas. O correr das águas dos rios e o cantar dos pássaros ajudam a relaxar.
A percorrer as escarpas da Mizarela |
Ao percorrer as escarpas da Mizarela, desvendamos pontos de grande interesse da Serra da Freita. Para começar, a extensa queda de água com mais de 60 metros de altura da Frecha da Mizarela. As águas que descem toda a encosta pertencem ao rio Caima, que nasce na aldeia de Albergaria da Serra, um pouco acima da Mizarela.
O rio Caima despenha-se das escarpas da Mizarela e segue caminho até à Ribeira. Nós, FJD e TS, também descemos até a esse lugar só que entre um sobe e desce de pedras. Atingida a ponte da aldeia, atravessamos o rio e seguimos para Cabaços. Já o Caima deixa-nos e desce para o município de Vale de Cambra. Passa, depois, por Oliveira de Azeméis e termina o seu curso nas águas do Vouga, em Sernadas, Alvergaria-a-Velha.
Aldeia da Ribeira |
Puccias segue-nos a partir da Ribeira Maio de 2012 |
Seguir a direcção de Cabaços |
Deixada a Ribeira, uma aldeia secular da freguesia de Albergaria da Serra, começamos a subir a encosta da Ribeira da Castanheira. A queda de água da ribeira é outra maravilha da PR 7, sendo que fazemos a travessia da mesma por uma ponte de madeira, à semelhança da encontrada na aldeia da Ribeira sobre o Caima. Avistamos, ao longe, a aldeia da Castanheira. Mas seguimos para a zona dos Cabaços da escola de escalada da Freita, passando pelo ribeiro de Cabaços.
A ribeira da Castanheira desagua no rio Caima Maio de 2012 |
Vista para a aldeia da Castanheira |
A zona dos Cabaços, exposta a sul e sem árvores, é óptima para a prática de escalada em qualquer época do ano. E é bem junto a esta zona que a PR 7 - Nas Escarpas da Mizarela - passa antes de chegar a estrada asfaltada de acesso à freguesia de Albergaria da Serra. Outras zonas da escola de escalada da Freita ficam situadas perto do parque de campismo do Merujal e da Senhora da Lage.
Aula de escalada na zona de Cabaços Junho de 2013 |
Placa com as zonas da escola de escalada da Freita Julho 2014 |
Está quase concluído o percurso, mas faço uma pausa na travessia do ribeiro de Cabaços. Este local faz-me recordar o Puccias, um cão baptizado por nós, FJD e TS, em 2012, quando pela primeira vez percorremos na íntegra a PR 7. Ele seguiu-nos da aldeia da Ribeira até ao final do trilho, no Merujal, e pregou-nos uma grande partida no ribeiro em questão. Nesse momento, pensei que ia dizer adeus à minha máquina digital.
Geossítio 4 - Marmitas de Gigante |
Em Cabaços, atingimos a estrada de asfalto e caminhamos nela até à Mizarela, onde retomamos o caminho de acesso ao parque de campismo do Merujal. E, antes do regresso, dar atenção aos três dos 41 geossítios de Arouca que encontramos no caminho asfaltado. As Marmitas Gigantes, o Contacto Litológico da Mizarela e o Miradouro da Frecha da Mizarela, este último já referido acima.
É com os locais de interesse geológico da PR 7 que despeço-me, prometendo voltar com um novo desafio, caminhada e passeio por caminhos tradicionais, rurais, florestais e/ou montanhosos. Deixo, ainda, uma compilação de fotografias de 2012, 2013 e 2014. Paisagens e pormenores registados (ver acima fotogaleria) ao percorrer a sétima rota do concelho de Arouca.
PR 7 - Nas Escarpas da Mizarela
É com os locais de interesse geológico da PR 7 que despeço-me, prometendo voltar com um novo desafio, caminhada e passeio por caminhos tradicionais, rurais, florestais e/ou montanhosos. Deixo, ainda, uma compilação de fotografias de 2012, 2013 e 2014. Paisagens e pormenores registados (ver acima fotogaleria) ao percorrer a sétima rota do concelho de Arouca.
Aventurem-se!
Um até já,
TS
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